quinta-feira, 3 de abril de 2014

COLUNISTAS02/APR/2014 ÀS 19:49
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COMENTÁRIOS

Que Congresso Nacional é esse?

Cerca de quatrocentos desaparecidos políticos. Oficiais. Fora os escondidos pelo silêncio das famílias amedrontadas. Aliás, a figura do “desaparecido” político é outra criação sua. Desapareceram com quem pensava diferente deles, valendo-se, cruel e covardemente, de tortura física e psicológica.
Dentre os engenhos utilizados contra homens ou mulheres, diretamente ou a mando de seus iguais – pois que apenas com maior patente –, o famosíssimo “pau de arara” (antes, usado contra escravos, hoje, só contra pobre, preto e puta), em que a vítima era pendurada, nua, pelos punhos e joelhos numa barra de ferro, a alguns centímetros do chão, onde levava choques elétricos, era espancada e sofria queimaduras de cigarro, inclusive na genitália; os “afogamentos” (uns três tipos, sempre com água suja e podre); a estrelíssima “Cadeira do Dragão” – eletrificada, revestida de zinco, onde o torturado sentava-se, nu, para receber choque no corpo todo, e na cabeça, quando cobriam-na com balde de metal; a “geladeira”, cela minúscula, onde as temperaturas variavam das mais altas às mais baixas, ao som de zoada infernal; além dos espancamentos (o “telefone”, por exemplo), estupros e outros tipos de abuso sexual, como objetos introduzidos em orifícios do corpo, e das torturas psicológicas (como mostrar os pais torturados e em terrível estado aos filhos, inclusive crianças, e ameaçá-los fazer o mesmo com eles).

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